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LABORATÓRIO

ÁCIDO FENILGLIOXÍLICO

Material: urina do final da jornada de trabalho

Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)

Coleta: coletar a amostra em coletor de urina limpo e sem aditivo. Manter a amostra refrigerada para o envio ao laboratório. Amostras mantidas a temperatura ambiente são estáveis por até uma semana. Amostras refrigeradas entre 2-5°C são estáveis por até quinze dias. Amostras congeladas são estáveis por até 2 meses. Evitar ciclos de congelamento e descongelamento.

Código CBHPM: 40313034

Interpretação: indicador biológico de exposição ao estireno.

O estireno é um composto líquido, incolor e viscoso, altamente reativo, e de grande poder de polimerização e oxidação, muito utilizado em indústrias que utilizem polímeros, especialmente indústrias de produção de plásticos, resinas e embalagens. Sua absorção pelo organismo ocorre por via respiratória, dérmica ou por ingestão. Sua distribuição ocorre no fígado, rins, pulmões, cérebro, baço e tecidos adiposos. Sua excreção é realizada pelos rins, na forma de ácido mandélico e ácido fenilglioxílico. Casos de toxidez aguda são associados a implicações no sistema nervoso central, com cefaléia, vertigem e astenia, além de irritação de mucosas, especialmente oculares e respiratórias. A exposição crônica pode provocar ação depressiva nervosa, tanto central como periférica, além de distúrbios gastrointestinais, hepáticos e renais e processos irritativos mucosos, além de potencial risco ao feto, no caso de exposição a gestantes. Os níveis de exposição ao estireno podem ser indiretamente acessados pela determinação urinária de ácido fenilglioxílico e ácido mandélico.

Referência:

IBMP*: até 240,0 mg/g de creatinina

*Índice Biológico Máximo Permitido (NR-7).

Metodologia desenvolvida e validada pelo laboratório de acordo com a RDC 302 de 13/10/2005, Art.5.5.5.1.

ACANTÓCITOS – PESQUISA

Material: sangue total com EDTA + 3 lâminas (esfregaço) sem anticoagulante

Método: Microscopia – Coloração Giemsa.

Coleta: Incluir 3 esfregaços em lâmina.

Interpretação: acantócitos são hemáceas (eritrócitos) espiculadas irregulares, encontradas em pacientes contendo uma deficiência congênita de beta-lipo-proteínas. Estes pacientes também apresentam graves perturbações neurológicas. Células semelhantes podem ser observadas em pacientes com grave disfunção hepato-celular.

Referência: Negativa

ÁCIDO 2-ETOXIACÉTICO

Material: urina do final da jornada de trabalho

 

Método: Cromatografia de Gases

 

Coleta: Coletar urina no final da jornada de trabalho.

 

Referência: IBMP*: 100 mg/g creatinina

 

* IBMP: Índice Biológico Máximo Permitido

 

Interpretação:

 

Uso: Nível de intoxicação através da exposição ao Dissulfeto de carbono.

 

Referência:

IBMP: até 5,0 mg/g creatinina

ÁCIDO 5 HIDROXI INDOL ACÉTICO

Material: Urina 24 hacidificada

Sinônimo: 5-HIAA, Metabólito de serotonina

Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)

Coleta: Devido ao fato do ácido 5-hidroxi indol acético ser instável, em pH fortemente ácido a amostra deve ser coletada em frasco limpo contendo 10mL de uma solução de HCl à 50% ou 6N para cada litro urina.

 

Amostras coletadas com ácido, mantidas PROTEGIDAS DA LUZ e REFRIGERADAS a 2-8°C, são estáveis por até 3 dias. Amostras coletadas com ácido e MANTIDAS CONGELADAS a -20°C são estáveis por até 1 mês. Todas as amostras com solicitações para esses exames terão seu pH conferido pelo laboratório. Caso o pH da amostra seja superior a 4 ou inferior a 2, a amostra será analisada sob restrição devido a possível ausência do conservante ou degradação da amostra. Uma observação será colocada no laudo. Três dias antes da coleta, suspender o uso de medicamentos e se possível dispensá-los. Caso os medicamentos não possam ser suspensos, conversar com o Laboratório ou com seu médico. Os medicamentos que mais interferem são: acetaminofeno, salicilatos, fenacetina, xaropes para tosse, naproxeno, mefenesina, metocarbamol, imipramina, isoniazida, inibidores da MAO, metenamina, metildopa, fenotiazina. No dia anterior à coleta, evitar a ingestão dos medicamentos acima, e dos seguintes alimentos: banana, abacate, chocolates, berinjela, tomates, amendoim, kiwi, abacaxi, ameixa, nozes e bebidas alcoólicas. Observações: Manter o frasco com a urina de 24h sob refrigeração.

 

Coletar todo o volume de urina emitido em 24h.

ÁCIDO BUTOXIACÉTICO

Material: urina

Método: Cromatografia de Gases

Coleta: Coletar urina no final da jornada de trabalho.

 

Interpretação: O metabolito de éteres de glicol de etileno é semelhante ao ácido methoxyacetic com menor toxicidade. O seu efeito mutagênico e carcinogênico é particularmente bem demonstrado em animais.

 

Referência: Inferior 200,0 mg/g de creatinina

 

*Indice de não exposto: Inf. 65 mg/g de creatinina

ACIDO CÍTRICO – ESPERMA

Material: esperma

 

Sinônimo: Ácido cítrico no esperma (sêmen)

 

Método: Colorimétrico

 

Coleta: Não é necessária abstinência sexual. O material deve ser encaminhado imediatamente após a coleta para o setor de realização do exame.

 

Código CBHPM: 40311015

 

Interpretação: avaliação da infertilidade masculina; avaliação da função espermática.

 

A frutose e o ácido cítrico são compostos metabólicos essenciais para a função espermática. Suas dosagens avaliam a função da próstata e da vesícula seminal. A frutose é uma substância dependente de andrógenos, produzida nas vesículas seminais, e níveis diminuídos no esperma podem indicar ausência ou obstrução dos vasos deferentes ou vesículas seminais. O ácido cítrico é secretado pela próstata, e está ligado à capacidade de coagulação e liquefação seminal, além de potencializar atividade de enzimas como a hialuronidase. Níveis diminuídos podem estar associados a prostatites em geral.

 

Referência: 260,0 a 700,0 mg/dL

ÁCIDO CÍTRICO (CITRATO) – SORO

Material: Soro ref

Sinônimo: Citrato

Método: Espectrofotometria

Código CBHPM: 40311015

Referência: 1,2 a 2,6 mg/dL

ÁCIDO DELTA AMINO LEVULÍNICO

 

Material: urina do final da jornada de trabalho

 

Método: Espectrofotometria UV-VIS

 

Coleta: Coletar a amostra em coletor limpo e sem aditivo.

 

Código CBHPM:  40313018

 

Interpretação: diagnóstico de porfirias; diagnóstico de intoxicação por chumbo ou mercúrio; auxilio no diagnóstico de desordens hepáticas.

 

Valores aumentados: intoxicação por chumbo ou mercúrio, porfiria aguda (porfiria aguda intermitente, coproporfiria hereditária, porfiria variegata), porfiria cutânea tardia, câncer hepático, hepatite.

 

Interferentes: barbituratos +, griseofulvina +, vitamina E +.

 

Referência: VR*: até 4,5 mg/g de creatinina

 

IBMP**: até 10,0 mg/g de creatinina

 

*Valor de Referência para pacientes não expostos.

 

**Índice Biológico Máximo Permitido (NR-7).

 

Metodologia desenvolvida e validada pelo laboratório de acordo com a RDC 302 de 13/10/2005, Art.5.5.5.1.

ANTI CCP (CYCLIC CITRULLINATED PEPTIDE)

 

Material: soro

Sinônimo: anticorpos antipeptídeo citrulinado cíclico

Método: Fluorimetria

Coleta: Jejum não obrigatório. Não colher próximo as refeições. Lipemia e hemólise podem atuar como interferentes.

Interpretação: Diagnóstico precoce e prognóstico da Artrite Reumatóide O fator reumatóide (FR) tem sido usado como marcador de Artrite reumatóide há mais de meio século, entretanto tem uma especificidade muito baixa (59 a 65%), pois pode ser encontrado em diversas outras doenças reumáticas auto-imunes, doenças infecciosas, neoplásicas e mesmo em uma
considerável fração de indivíduos sadios(1,3). Ademais, o FR é detectado em somente 33% dos pacientes que se encontram na fase inicial da doença. Recentemente foi descoberto os anticorpos anti CCP que possuem melhor utilidade na discriminação de pacientes com AR. A sensibilidade é comparável ao FR , porém com uma especificidade de 96%. Em literatura recente, aproximadamente 70% dos pacientes com AR são positivos para anti CCP(2).Uma análise global de diversos estudos com pacientes europeus e norte-americanos evidenciou sensibilidade de 78% e especificidade de 96% para os anticorpos anti-CCP contra sensibilidade de 74% e especificidade de 65% para o FR IgM. Ademais, vários estudos têm demonstrado que os anticorpos anti-CCP ocorrem precocemente no curso da doença, podendo até mesmo preceder a eclosão clínica da mesma(4,5,6).A associação dos dois testes , FR + Anti CCP aumenta a sensibilidade e a especificidade no diagnóstico da AR.

Referência:

 

Negativo : Inferior a 7 U/mL

Indeterminado : Entre 7 até 10 U/mL

Positivo : Superior a 10 U/mL

Interpretação: Um resultado positivo indica presença de anticorpos IgG Anti-CCP e sugere a possibilidade de Artrite Reumatóide.

ANFETAMINA

 

Material: Urina DA

Método: Imunoenzimático Colorimétrico

Coleta: Conforme orientação médica.

Código CBHPM: 40316238

Interpretação: Monitoramento do uso de Anfetamina e Metanfetamina. Controle de alguns medicamentos utilizados para regime de emagrecimento possuem anfetaminas em quantidade suficiente para positivar o teste. A detecção do uso da droga depende de vários fatores:

Usuário (pesado/crônico ou ocasional/agudo)

Tipo de droga e dose utilizada

Fatores fisiológicos individuais: condições físicas, idade, alimentação e quantidade de líquido ingerido

 

Referência: Negativo

ANDROSTENEDIONA – CURVA

 

Material: Soro Congelado

Sinônimo: Delta 4

Método: Radioimunoensaio

Coleta: Jejum de 4 horas. Após a coleta centrifugar e separar o soro. Congelar imediatamente. Enviar o soro congelado. Anotar uso de medicamentos.

Código CBHPM: 4.03.16.07-6

Interpretação: avaliação da produção de hormônios androgênios em mulheres hirsutas; avaliação de outros aspectos da virilização. A androstenediona é o principal precursor na biossíntese de andrógenos e estrógenos, servindo como pró-hormônio para testosterona e estrona (particularmente em mulheres na menopausa). Funciona como andrógeno de potência fraca, podendo ser produzida pelas glândulas adrenais e ovários. Os andrógenos predominantes na mulher normal são a androstenediona e a deidroepiandrostenediona. A conversão periférica de androstenediona para estrogênio se dá no tecido adiposo, principalmente em mulheres obesas, o que pode levar a hiperplasia do endométrio. Valores aumentados: hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21-hidroxilase [os níveis alterados são suprimidos por terapia com corticosteróides (níveis suprimidos são indicadores de controle terapêutico)], síndrome do ovário policístico, tumores virilizantes (valores extremamente
aumentados), síndrome de Stein-Leventhal, hiperplasia ovariana estromal, síndrome de Cushing, tumores ectópicos produtores de ACTH. Cerca de 60% dos casos de hirsutismo feminino apresentam elevações nos níveis séricos de androstenediona.

 

Limitações: os níveis séricos de androstenediona não se correlacionam com severidade do processo patológico.

 

Interferentes: uso de corticóides, uso de substâncias radioativas (contrastes radiológicos).

 

Referência:

 

Crianças: 0,1 – 0,9 ng/mL

Homens: 0,5 – 4,8 ng/mL

Mulheres:

 

Fase folicular: 0,9 – 3,0 ng/mL

Fase ovulatória: 1,9 – 4,7 ng/mL

Fase lútea: 1,1 – 4,2 ng/mL

Pós-menopausa: 0,3 – 3,7 ng/mL

Síndrome do ovário policístico: 2,2 – 6,5 ng/mL

ANDROSTENEDIONA

 

Material: Soro Congelado

Sinônimo: Delta 4

Método: Radioimunoensaio

Coleta: Jejum de 4 horas. Após a coleta centrifugar e separar o soro. Congelar imediatamente. Enviar o soro congelado.

Código CBHPM: 40316076

Interpretação: avaliação da produção de hormônios androgênios em mulheres hirsutas; avaliação de outros aspectos da virilização. A androstenediona é o principal precursor na biossíntese de andrógenos e estrógenos, servindo como pró-hormônio para testosterona e estrona (particularmente em mulheres na menopausa). Funciona como andrógeno de potência fraca, podendo ser produzida pelas glândulas adrenais e ovários. Os andrógenos predominantes na mulher normal são a androstenediona e a deidroepiandrostenediona. A conversão periférica de androstenediona para estrogênio se dá no tecido adiposo, principalmente em mulheres obesas, o que pode levar a hiperplasia do endométrio.

 

Valores aumentados: hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21-hidroxilase [os níveis alterados são suprimidos por terapia com corticosteróides (níveis suprimidos são indicadores de controle terapêutico)], síndrome do ovário policístico, tumores virilizantes (valores extremamente aumentados), síndrome de Stein-Leventhal, hiperplasia ovariana estromal, síndrome de Cushing, tumores ectópicos produtores de ACTH. Cerca de 60% dos casos de hirsutismo feminino apresentam elevações nos níveis séricos de androstenediona. Limitações: os níveis séricos de androstenediona não se correlacionam com severidade do processo patológico.

 

Interferentes: uso de corticóides, uso de substâncias radioativas (contrastes radiológicos).

 

Referência:

 

Crianças: 0,1 – 0,9 ng/mL

 

Homens: 0,5 – 4,8 ng/mL

 

Mulheres:

 

Fase folicular: 0,9 – 3,0 ng/mL

 

Fase ovulatória: 1,9 – 4,7 ng/mL

 

Fase lútea: 1,1 – 4,2 ng/mL

 

Pós-menopausa: 0,3 – 3,7 ng/mL

 

Síndrome do ovário policístico: 2,2 – 6,5 ng/mL

ANATOMO PATOLOGICO COM COLORACAO GIEMSA

 

Material: Anatomo Patológico

Sinônimo: Histopatológico

Método: Coloração por Hematoxilina e Eosina

Coleta: Por procedimentos cirúrgicos. Para a histopatologia convencional ,o fixador mais comum é a solução aquosa de formalina (formol 40% diluído em água numa concentração de 1:10) a 10%. O volume ideal corresponde a cerca de 20 vezes o volume da peça a ser fixada. Após 24h em amostras menores que 3 cm e 48h em amostras maiores que 3 cm, o fixador pode ser escorrido para envio do material sem risco de derrama de líquido. Os frascos devem estar rotulados com a correta identificação do paciente. Para casos de revisão de casos ou de imunohistoquímica, enviar blocos de parafina com material histológico ou fragmentos de tecido previamente fixados acompanhados de um relatório ou solicitação médica e da cópia do laudo anterior

 

Interpretação: As alterações observadas (alterações inflamatórias, reparativas, degenerativas, infecciosas ou neoplásicas), serão relatadas na conclusão.

ANÁLISE MOLECULAR DA SENSIBILIDADE A VARFARINA

 

Material: Sangue total com EDTA

Sinônimo: Teste de sensibilidade a varfarina

Método: PCR em Tempo Real – Sistema FRET

Coleta: Enviar 1 tubo de sangue total com EDTA.

Interpretação: A análise molecular da sensibilidade a varfarina avalia os genes VKORC1 e CYP2C9, no intuito de auxiliar na determinação da dose terapêutica de maneira individualizada, permitindo o direcionamento de um tratamento adequado, cujo risco de sangramento ou anti-coagulação excessiva esteja minimizado. Além disto, a identificação de fatores genéticos que predisponham a ocorrência destas complicações são úteis também para se determinar a frequência da monitoração terapêutica. Este estudo molecular é recomendado para pacientes que serão anti-coagulados com varfarina para a prevenção de doenças cardíacas e vasculares, como infarto no miocárdio, tromboses venosas e arteriais e tromboembolismo.

Referência:

Genótipo G/G

Genótipo C/C

Genótipo *1/*1 – Ausência dos alelos *2 e *3

VKORC1 – Interpretação: A presença do alelo A no polimorfismo G-1639A e do alelo T no polimorfismo C1173T está relacionado à baixa atividade enzimática, com possibilidade de maior risco de desenvolver hemorragias quando tratados com varfarina, enquanto que os genótipos G/G e C/C nos polimorfismos G-1639A e C1173T respecti vamente, estão relacionados a maiores doses de varfarina para atingir a anticoagulação esperada.

1. A enzima vitamina K epóxido redutase (VKORC) converte a vitamina K em sua forma ativa (vitamina K hidroquinona), auxiliando a coagulação através dos fatores K-dependentes (II, VII, IX e X). A varfarina inibe a ação da VKORC. Mutações no gene VKORC1, que codifica a VKORC, estão relacionadas à baixa atividade da enzima, portanto maior sensibilidade a varfarina.

 

2. Estudos demostram que os polimorfismos G-1639A e C1173T apresentam forte ligação de desequilíbrio

 

3. Outras mutações no gene VKORC1 não são detectadas por esse método CYP2C9

ANÁLISE CITOMORFOLÓGICA DE SANGUE PERIFÉRICO

 

Material: sangue total com EDTA + 3 lâminas (esfregaço) sem anticoagulante

Sinônimo: Hematológico

Método: Focagem hidrodinâmica, Citometria de Fluxo e SLS-Hemoglobina (laurilsulfato de sódio). Microscopia – Giemsa.

 

Coleta: Jejum não obrigatório.

 

Interpretação: avaliação clínica geral; avaliação e diagnóstico de anemias, policitemias, aplasias medulares, processos infecciosos,
leucemias/leucoses, trombocitose e trombocitopenia. 
O hemograma é uma das análises mais utilizadas na prática médica, pois seus dados gerais permitem uma avaliação extensa da condição clínica do paciente. Embora não seja um teste extremamente sensível e específico para determinadas patologias, pode ser encarado como um sinal e/ou sintoma, integrante da avaliação inicial do paciente. No hemograma são avaliadas as três séries celulares componentes do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas, compondo o eritrograma, leucograma e plaquetograma. No eritrograma, são contados os eritrócitos, são medidas as concentrações de hemoglobina e hematócrito, são determinados os índices hematimétricos (volume celular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, hemoglobina corpuscular média), além da determinação do RDW, que indica a variação do tamanho dos eritrócitos. No leucograma, os leucócitos são contados em termos gerais, sendo classificados em uma contagem relativa em diferentes populações (neutrófilos, basófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos), segundo suas características citológicas. No plaquetograma, as plaquetas são contadas e seu tamanho médio e variações de volume são determinados (MPV e PDW). Todas estas análises são seguidas por microscopia após coloração para avaliação das características e/ou alterações morfológicas de cada série. Estes dados em conjunto permitem indicativos diagnósticos que, quando cruzados com outros dados e/ou resultados, são de extrema importância clínica.

AMP-CICLICO (AMPC)

 

Material: Urina 24 horas ref

Sinônimo: Adenosina Monofosfato Ciclico

Método: Radioimunoensaio

Coleta: Coleta de urina 24 h. Misturar as amostras e anotar volume final. Enviar alíquota de no mínimo 20,0 mL.

 

Código CBHPM: 40305163

 

Interpretação: É usado no diagnóstico diferencial do hiperparatireoidismo, quando há aumento do cAMP sérico. O nível de cAMP na urina está aumentado no pseudohipoparatireoidismo tipo I, porém está normal no tipo II. O cAMP urinário é um marcador da função do hormônio paratireóide (PTH). A fração nefrogênica do cAMP tem sido usado na monitorização da ingesta de cálcio nos casos de osteoporose.

Referência: 1,0 a 11,5 umol/24h

AMITRIPTILINA

 

Material: soro

Método: Cromatografia Liquida de Alta Performance – HPLC

Coleta: Coletar em tubo sem anticoagulante, separar o soro, congelar e enviar.

Referência: Niveis terapêuticos : 95,0 a 250,0 ng/mL

Níveis tóxicos: > 500,0 ng/m

FENILCETONÚRIA – PESQUISA

 

Material: urina

Sinônimo: Fenilalanina urinária

Método: Cloreto Férrico Aquoso

Coleta: Colher preferencialmente a 1ª urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções. Fazer higiene da genitalia com água e sabão, secar, desprezar o 1º jato de urina e coletar o jato médio.

 

Código CBHPM: 40311317

Interpretação: diagnóstico da fenilcetonúria.A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética autossômica recessiva que decorre da deficiência ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, que atua sobre a fenilalanina, causando o acúmulo deste aminoácido no sangue das pessoas afetadas. A doença, se não diagnosticada de imediato, pode acarretar grave retardamento mental nos indivíduos portadores.

Referência: Negativa

FENILALANINA PLASMÁTICA

 

Material: plasma com EDTA

Método: Cromatografia Líquida de Alta Resolução (HPLC)

 

Coleta: Jejum não obrigatório

 

Código CBHPM: 40301818

 

Interpretação: diagnóstico da fenilcetonúria. A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética autossômica recessiva que decorre da deficiência ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, que atua sobre a fenilalanina, causando o acúmulo deste aminoácido no sangue das pessoas afetadas. A doença, se não diagnosticada de imediato, pode acarretar grave retardamento mental nos indivíduos portadores.

 

Referência:
Crianças: 26 a 91 umol/L

Adultos: 34 a 120 umol/L

FIBRINOGÊNIO

 

Material: plasma citratado

 

Sinônimo: Dosagem do fator I

 

Método: Coagulométrico.

Coleta: Jejum obrigatório de no mínimo 4 horas.

Código CBHPM: 40304264

Interpretação: diagnóstico de hipofibrinogenemias ou afibrinogenemias primárias ou secundárias; diagnóstico de coagulação intravascular disseminada; marcador de fibrinólise. O fibrinogênio é uma das proteínas predominantes do plasma. Trata-se de uma glicoproteína sintetizada no fígado, possui 341kD, sendo a proteína precursora do coágulo de fibrina. Na eletroforese, o fibrinogênio se apresenta como uma banda situada entre as globulinas beta e gama. Forma o coágulo de fibrina quando ativado pela trombina. Neste caso, é praticamente removido no processo de coagulação e não é visto no soro (apenas no plasma com anticoagulantes). Além destas propriedades, o fibrinogênio é uma das proteínas de fase aguda, encontrando-se marcadamente elevado durante a fase aguda de processos inflamatórios (é um dos componentes que mais afetam o VHS).

 

Valores aumentados: uso de contraceptivos orais, uso de anticoagulantes, stress, trauma, infecção, inflamação, neoplasias, gravidez e períodos pós-operatórios.

 

Valores diminuídos: afibrinogenemia/hipofibrinogenemia hereditária, coagulação intravascular, fibrinólises, doença hepática, uso de terapia fibrinolítica com uroquinase ou estreptoquinase. É possível o encontro de níveis diminuídos por artefato de coleta (especialmente em coletas difíceis), por coagulação indevida.

 

Referência: 1,8 a 3,5 g/L

ÁCIDO FÓLICO

 

Material: soro

Sinônimo: Folato

Método: Eletroquimioluminescência (ECLIA)

Coleta: Para todas as idades jejum mínimo necessário de 4 horas.

Código CBHPM: 40301087

Interpretação: detecção de deficiência de folato (condição inibitória da síntese de DNA desencadeadora de anemia megaloblástica) em gestantes, usuários de medicamentos inibidores do folato e pacientes com síndromes mal absortivas (doença celíaca, doença de Crohn, outras); monitoramento de terapia com folato. Os folatos atuam como cofatores em reações de transferência. Geralmente absorvidos no trato gastrointestinal, provenientes diretamente da dieta ou a partir de folato sintetizado por bactérias intraintestinais, sua deficiência causa um quadro hematológico quase indistinguível do causado pela deficiência de vitamina B12, estando associada à diminuição da capacidade de síntese protéica e divisão celular. A principal manifestação clínica da deficiência de folato é anemia megaloblástica.

 

Valores aumentados: dieta vegetariana, deficiência de vitamina B12, neoplasias.

 

Valores diminuídos: deficiência primária de folato dietético, hipertireoidismo, anemia perniciosa, alcoolismo, má nutrição, doenças hepáticas, deficiência de vitamina B12, hemodiálise crônica, doença celíaca adulta, anemia hemolítica, carcinomas, mielofibroses, gravidez.

 

Interferentes: hemólise, lipemia, exposição à luz, anticonvulsivantes, metotrexato, colchicina, estrogênios, contraceptivos orais, álcool, ácido aminosalicílico, ampicilina, cloranfenicol, eritromicina, lincomicina, penicilina, tetraciclinas.

 

Referência: 2,0 – 19,7 ng/mL

 

Sensibilidade: 0,64 ng/mL

 

Linearidade: 20 ng/mL

 

ATENÇÃO: Nova metodologia a partir de 10/04/2014.

 

Método antigo: Quimioluminescência (CLIA)

FERRO URINÁRIO

 

Material: Urina 24 horas ref

Método: Espectrofotometria

 

Coleta: Coleta de urina 24 h

 

Código CBHPM: 40301842

Interpretação: diagnóstico diferencial de anemias; diagnóstico de hemocromatose e hemosiderose. O ferro é um elemento essencial na manutenção da homeostase orgânica. A maioria do ferro corporal está ligada à porção heme da hemoglobina, bem como mioglobina, algumas enzimas que contém heme e outras proteínas que contém ferro. Uma porção importante do ferro está contida na ferritina e hemossiderina (principalmente na medula óssea, baço e fígado). Sua manutenção no organismo depende de etapas diversas de absorção, transporte, metabolismo e perda, em um complexo mecanismo de equilíbrio. Suas principais funções estão relacionadas à ligação com o oxigênio na hemoglobina, e outros heme-pigmentos. Outras funções estão associadas à condição de cofator enzimático e processos oxidativos. Sua avaliação é mais bem realizada em conjunto com dados clínicos e outras determinações laboratoriais como TIBC, ferritina, IST e outras.

 

Referência: Até 600,0 ug/24 horas

FÓSFORO URINÁRIO – 24H

 

Material: urina 24 horas

 

Sinônimo: Fosfatúria

Método: Colorimétrico

Código CBHPM: 40301931

Interpretação: avaliação do metabolismo excretor do fósforo. O metabolismo do fósforo depende de um balanço entre ingestão, troca celular/extracelular/óssea e excreção/reabsorção renal, de modo balanceado e multifatorial (ver Fósforo).

 

Valores aumentados: hiperparatireoidismo, deficiência de vitamina K, acidose tubular renal, uso de diuréticos, síndrome de Fanconi, osteomalacia.

Valores diminuídos: hipoparatireoidismo, pseudohipoparatireoidismo, intoxicação por vitamina K.

 

Referência: 0,40 a 1,3 g/24 h

FRAGILIDADE OSMÓTICA

 

Material: sangue total c/ Heparina

 

Sinônimo: Resistência osmótica eritrocitária;

 

Método: Colorimétrico (De Dacie)

 

Coleta: Jejum obrigatório.

 

Código CBHPM: 40304850

 

Interpretação: diagnóstico de anemias hemolíticas e esferocitose hereditária. Neste teste os eritrócitos do paciente são incubados em soluções salinas de diferentes tonicidades, para avaliar sua resistência ou fragilidade osmótica.

 

Valores aumentados: esferocitose hereditária, anemias hemolíticas hereditárias não esferocíticas, anemias hemolíticas adquiridas (neoplasias, infecções, leucemias, gravidez, etc), doença hemolítica do recém-nato e queimaduras.

 

Valores diminuídos: anemias ferroprivas, recém-natos normais, talassemias, anemia falciforme, HbC, pós-esplenectomia, doença hepática e anemias megaloblásticas nutricionais.

 

Referência:

0,10: 100%

0,20: 99 a 100%

0,30: 90 a 100%

0,40: 50 a 90%

0,50: 00 a 6%

0,60: 00%

0,70: 00%

0,80: 00%

0,90: 00%

FRUTOSE

 

Material: esperma

Método: Colorimétrico

Coleta: O material deverá ser analisado até 4h após coleta. Não é necessário abstinência sexual.

 

Código CBHPM: 40301966

 

Interpretação: avaliação da infertilidade masculina; avaliação da função espermática. A frutose e o ácido cítrico são compostos metabólicos essenciais para a função espermática. Suas dosagens avaliam a função da próstata e da vesícula seminal. A frutose é uma substância dependente de andrógenos, produzida nas vesículas seminais, e níveis diminuídos no esperma podem indicar ausência ou obstrução dos vasos deferentes ou vesículas seminais. O ácido cítrico é secretado pela próstata, e está ligado à capacidade de coagulação e liquefação seminal, além de potencializar atividade de enzimas como a hialuronidase. Níveis diminuídos podem estar associados a prostatites em geral.

Referência: 2,0 a 4,6 mg/mL

FTA – ABS – ANTICORPOS IGG

 

Material: soro

 

Método: Imunofluorescência Indireta e – Quimioluminescência

 

Coleta: Jejum recomendado, mas não obrigatório.

 

Código CBHPM: 40307735

 

Interpretação: confirmação de resultados reagentes em testes não-treponêmicos no diagnóstico da sífilis; diagnóstico de sífilis tardia (mesmo com testes não-treponêmicos não reagentes). O uso de testes treponêmicos deve trazer mais especificidade à rotina diagnóstica; sua sensibilidade situa-se em torno de 80-90% em sífilis primária, >95% em sífilis secundária e terciária e 90-95% em sífilis tardia. Na maioria dos casos, a positividade permanece por toda a vida, embora alguns pacientes tornem-se não-reagentes com o passar dos anos. Este teste não é indicado para o seguimento terapêutico, uma vez que a variação em seus títulos não se correlaciona com a melhora clínica do paciente. O teste utilizando reagentes para a evidenciação de IgM pode ser útil no diagnóstico mais precoce de sífilis congênita. Os títulos IgG tendem a desaparecer em até 8 meses após o nascimento (a persistência nos títulos após este período pode ser interpretada como sífilis congênita). Em alguns casos de uveíte sifilítica, é possível o encontro de FTA-Abs reagentes com VDRL não reagentes. É possível a presença de falso-positivos, especialmente em quadros de doença do colágeno. Se a terapia é instituída em tempo anterior a soroconversão (no tempo da lesão inicial do cancro), estes pacientes resultarão não reagentes.

 

Referência: Não reagente

FTA – ABS – ANTICORPOS IGG

 

Material: soro

 

Método: Imunofluorescência Indireta e – Quimioluminescência

 

Coleta: Jejum recomendado, mas não obrigatório.

 

Código CBHPM: 40307735

 

Interpretação: confirmação de resultados reagentes em testes não-treponêmicos no diagnóstico da sífilis; diagnóstico de sífilis tardia (mesmo com testes não-treponêmicos não reagentes). O uso de testes treponêmicos deve trazer mais especificidade à rotina diagnóstica; sua sensibilidade situa-se em torno de 80-90% em sífilis primária, >95% em sífilis secundária e terciária e 90-95% em sífilis tardia. Na maioria dos casos, a positividade permanece por toda a vida, embora alguns pacientes tornem-se não-reagentes com o passar dos anos. Este teste não é indicado para o seguimento terapêutico, uma vez que a variação em seus títulos não se correlaciona com a melhora clínica do paciente. O teste utilizando reagentes para a evidenciação de IgM pode ser útil no diagnóstico mais precoce de sífilis congênita. Os títulos IgG tendem a desaparecer em até 8 meses após o nascimento (a persistência nos títulos após este período pode ser interpretada como sífilis congênita). Em alguns casos de uveíte sifilítica, é possível o encontro de FTA-Abs reagentes com VDRL não reagentes. É possível a presença de falso-positivos, especialmente em quadros de doença do colágeno. Se a terapia é instituída em tempo anterior a soroconversão (no tempo da lesão inicial do cancro), estes pacientes resultarão não reagentes.

 

Referência: Não reagente

ÁCIDO FÓRMICO

 

Material: urina do final da jornada de trabalho

 

Método: Cromatografia de Gases

 

Coleta: Coletar urina no final da jornada de trabalho.

 

Referência: Não expostos: Inferior a 15 mg/g creatinina

 

IBMP*: Inferior a 80 mg/g creatinina

 

* IBMP: Índice Biológico Máximo Permitido

ÁCIDO HIPÚRICO

 

Material: urina do final da jornada de trabalho

 

Sinônimo: Tolueno

 

Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)

 

Coleta: Coletar a amostra em coletor de urina limpo e sem aditivo. Manter a amostra refrigerada para o envio ao laboratório. Amostras mantidas a temperatura ambiente são estáveis por até uma semana. Amostras refrigeradas entre 2-5°C são estáveis por até quinze dias. Amostras congeladas são estáveis por até 2 meses. Evitar ciclos de congelamento e descongelamento.

 

Código CBHPM: 40313042

 

Interpretação: Indicador biológico de exposição ao tolueno.

 

Interpretação: O ácido hipúrico e o ácido metil hipúrico são os principais metabólitos do tolueno e xileno, respectivamente. Processos de exposição ocupacional a estes solventes orgânicos podem ser monitorados pelo seguimento da excreção destes compostos na urina. Embora o ácido hipúrico seja marcador de exposição ao tolueno, outros compostos como o estireno, o etilbenzeno e mesmo alguns conservantes alimentares podem estar associados ao aumento de seus níveis urinários. Como é prontamente excretado na urina, os níveis séricos de ácido hipúrico podem ser utilizados como bons marcadores de função renal. A dosagem de ácido hipúrico e metil hipúrico é realizada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), em amostra urinária de fim de turno de trabalho após, pelo menos, dois dias de trabalho consecutivos, conservada em refrigerador e enviada
ao laboratório para análise. O tolueno e/ou o xileno podem ser encontrados na maioria dos solventes utilizados na indústria, especialmente em colas e combustíveis. Trabalhadores expostos a estas substâncias podem desenvolver sinais e sintomas compatíveis com intoxicação. Sua absorção pode ocorrer por inalação, ingestão ou absorção dérmica. Normalmente os sintomas desaparecem em alguns dias após o afastamento do indivíduo da fonte contaminante, especialmente nos casos de toxicidade aguda. 
O diagnóstico é realizado juntando dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, com o uso dos marcadores urinários e eventualmente séricos.

 

Referência: VR: Até 1,5 g/g creatinina

 

IBMP*: Até 2,5 g/g creatinina

 

*IBMP: Indíce
Biológico Máximo Permitido (NR-7).

**Limite de
detecção do teste: 0,02 g/g creatinina

FTA – ABS – ANTICORPOS IGM

 

Material: soro

Método: Imunofluorescência Indireta – e Quimioluminescência

 

Coleta: Jejum recomendado, mas não obrigatório.

 

Código CBHPM: 40307743

 

Interpretação: Ver FTA – ABS – Anticorpos IgG

HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE – FSH

 

Material: soro

 

Sinônimo: FSH, Gonadotrofina hipofisária

 

Método: Quimioluminescência

 

Coleta: Acima de 3 anos de idade jejum mínimo necessário de 3 horas.

 

Código CBHPM: 40316289

 

Interpretação: diagnóstico de distúrbios da função gonadal; diagnóstico de tumores pituitários; diagnóstico e acompanhamento de quadros de infertilidade. O hormônio folículo estimulante (FSH ou folitropina), é uma glicoproteína produzida pela glândula pituitária anterior. Sua produção é regulada pelo GnRH (hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina). Nas mulheres, o FSH estimula o crescimento folicular, prepara os folículos ovarianos para a ação do LH e aumenta a liberação LH-induzida de estrogênio. Nos homens, o FSH estimula o desenvolvimento testicular e dos túbulos seminíferos, além de estar envolvido nos estágios iniciais da espermatogênese. Em mulheres após a menopausa, a secreção diminuída de estradiol resulta em aumento nos níveis de FSH e LH. A insuficiência primária testicular também resulta em aumento dos níveis de FSH e LH. A secreção de FSH e LH ocorre de forma intermitente, em resposta ao GnRH. Em mulheres, sua concentração varia no curso do ciclo menstrual, atingindo picos no período ovulatório. Assim, a interpretação de uma única determinação pode ser dificultada.

 

Valores aumentados: menopausa, hipogonadismo primário, tumores secretores de gonadotropinas pituitárias, aplasia de células germinais, alcoolismo, castração, síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter, puberdade precoce.

 

Valores diminuídos: hipogonadismo secundário ou terciário, anorexia nervosa, hemocromatose, doença pituitária ou hipotalâmica, hiperprolactinemia, hiperplasia adrenal congênita, uso de estrogênios e androgênios.

 

Referência:


Feminino

Pré Púberes: até 2,2 mUI/mL

Fase Folicular: 2,5 a 10,2 mUI/mL

Pico Ovulatório: 3,4 a 33,4 mUI/mL

Fase Lútea: 1,5 a 9,1 mUI/mL

Pós menopausa: 23,0 a 116,3 mUI/mL

 

Masculino:

Pré Púberes: até 0,9 mUI/mL

Adultos: 1,4 a 18,1 mUI/mL

 

*Limite de detecção: 0,3 mUI/mL

ÁCIDO HIPÚRICO PRÉ JORNADA

 

Material: Urina pré-jornada de trabalho

 

Sinônimo: Tolueno

 

Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)

 

Coleta: Coletar urina de pré jornada de trabalho em frasco de coleta de urina limpo e sem aditivo. Manter a amostra refrigerada para o envio ao laboratório. Amostras mantidas a temperatura ambiente são estáveis por até uma semana. Amostras refrigeradas entre 2-5°C são estáveis por até quinze dias. Amostras congeladas são estáveis por até 2 meses. Evitar ciclos de congelamento e descongelamento.

 

Código CBHPM: 40313042

 

Uso: Indicador biológico de exposição ao tolueno.

 

Interpretação: O ácido hipúrico e o ácido metil hipúrico são os principais metabólitos do tolueno e xileno, respectivamente. Processos de exposição ocupacional a estes solventes orgânicos podem ser monitorados pelo seguimento da excreção destes compostos na urina. Embora o ácido hipúrico seja marcador de exposição ao tolueno, outros compostos como o estireno, o etilbenzeno e mesmo alguns conservantes alimentares podem estar associados ao aumento de seus níveis urinários. Como é prontamente excretado na urina, os níveis séricos de ácido hipúrico podem ser utilizados como bons marcadores de função renal. A dosagem de ácido hipúrico e metil hipúrico é realizada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), em amostra urinária de fim de turno de trabalho após, pelo menos, dois dias de trabalho consecutivos, conservada em refrigerador e enviada ao laboratório para análise. O tolueno e/ou o xileno podem ser encontrados na maioria dos solventes utilizados na indústria, especialmente em colas e combustíveis. Trabalhadores expostos a estas substâncias podem desenvolver sinais e sintomas compatíveis com intoxicação. Sua absorção pode ocorrer por inalação, ingestão ou absorção dérmica. Normalmente os sintomas desaparecem em alguns dias após o afastamento do indivíduo da fonte contaminante, especialmente nos casos de toxicidade aguda. O diagnóstico é realizado juntando dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, com o uso dos marcadores urinários e eventualmente séricos.

 

Referência:

VR: Até 1,5 g/g Creatinina

IBMP*: Até 2,5 g/g Creatinina

*IBMP: Indíce Biológico Máximo Permitido (NR-7).

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